sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Viseu




Viseu é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Viseu, na região Centro e subregião de Dão-Lafões, com 53.000 habitantes (68.000 no perímetro urbano).
É sede de um
município com 507,10 km² de área, com 34 freguesias e 98 167 habitantes segundo os últimos dados do INE de 2006. O município é limitado a norte pelo município de Castro Daire, a nordeste por Vila Nova de Paiva, a leste por Sátão e Penalva do Castelo, a sueste por Mangualde e Nelas, a sul por Carregal do Sal, a sudoeste por Tondela, a oeste por Vouzela e a noroeste por São Pedro do Sul.
Segundo um estudo da
DECO de 2007, Viseu é a melhor cidade, entre as 76 do estudo, para se viver em Portugal[2].
As origens de Viseu remontam à
época castreja e, com a Romanização, ganhou grande importância, quiçá devido ao entroncamento de estradas romanas de cuja prova restam apenas os miliários (passíveis de validação pelas inscrições) que se encontram: dois em Reigoso (Oliveira de Frades), outros dois em Benfeitas (Oliveira de Frades), um em Vouzela, dois em Moselos (Campo), um na cidade (na Rua do Arco), outro em Alcafache (Mangualde) e mais dois em Abrunhosa (Mangualde); outros mais existem, mas devido à ausência de inscrições, a origem é duvidosa. Estes miliários alinham-se num eixo que parece corresponder à estrada de Mérida (Espanha), que se intersectaria com a ligação Olissipo-Cale-Bracara, outros dois pólos bastante influentes. Talvez por esse motivo se possa justificar a edificação da estrutura defensiva octogonal, de dois quilómetros de perímetro — a Cava de Viriato [3].




Estátua de Viriato


Viseu está associada à figura de Viriato, já que se pensa que este herói lusitano tenha talvez nascido nesta região. Depois da ocupação romana na península, seguiu-se a elevação da cidade a sede de diocese, já em domínio visigótico, no século VI. No século VIII, foi ocupada pelos muçulmanos, como a maioria das povoações ibéricas e, durante a Reconquista da península, foi alvo de ataques e contra-ataques alternados entre cristãos e muçulmanos. De destacar a morte de D. Afonso V de Leão rei de Leão no cerco a Viseu em 1027 morto por uma flecha oriuda da muralha árabe (cujos vestígios seguem a R. João Mendes, Largo de Santa Cristina e sobem pela R. Formosa). A reconquista definitiva caberia a Fernando Magno, rei de Leão e Castela depois de assassinar em 1937 o legítimo Rei Bermudo III (filho de Afonso V) vencedor da batalha de Cesar em 1035 (segundo a crónica dos Godos).
Mesmo antes da formação do
Condado Portucalense, Viseu foi várias vezes residência dos condes D. Teresa e D. Henrique que, em 1123 lhe concedem um foral. O segundo foral foi-lhe concedido pelo filho dos condes, D. Afonso Henriques, em 1187, e confirmado por D. Afonso II, em 1217.
Já no
século XIV, durante a crise de 1383-1385, Viseu foi atacada, saqueada, e incendiada pelas tropas de Castela e D. João I mandou erigir um cerco muralhado defensivo[4] — do qual resta pouco mais que a Porta dos Cavaleiros e a Porta do Soar, para além de escassos troços de muralha — que seriam concluído apenas no reinado de D. Afonso V — motivo pelo qual a estrutura é conhecida pelo nome de muralha afonsina — já com a cidade a crescer para além do perímetro da estrutura defensiva.
No
século XV, Viseu é doada ao Infante D. Henrique, na sequência da concessão do título de Duque de Viseu, cuja estátua, construída em 1960, se encontra na rotunda que dá acesso à rua do mesmo nome.
No
século XVI, em 1513, D. Manuel I renova o foral de Viseu, e assiste-se a uma expansão para actual zona central, o Rossio que, em pouco tempo, se tornaria o ponto de encontro da sociedade, e cuja primeira referência data de 1534. É neste século que vive Vasco Fernandes, um importante pintor português cuja obra se encontra espalhada por várias igrejas da região e no Museu Grão Vasco, perto da .
No
século XIX é construído o edifício da Câmara Municipal, no Rossio, transladando consigo o centro da cidade, anteriormente na parte alta. Daí ao cume da colina, segue a Rua Direita, onde se encontra uma grande parte de comércio e construções medievais.


Painel de azulejo.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Um Pouco de Ribeirão Preto.

Fundada em 19 de junho de 1856 a partir de núcleos fazendeiros de criação de gado, Ribeirão Preto se destacou no setor cafeeiro, o qual foi arruinado com a crise de 1929.
Segundo consta em registro, o primeiro dono e doador de terras foi
José Mateus dos Reis, dono da maior parte da Fazenda das Palmeiras, fez a primeira doação de terras no valor de 40 mil reis, "com a condição de no terreno ser levantada uma capela em louvor a São Sebastião das Palmeiras".
Em
2 de novembro de 1845, no bairro das Palmeiras, era fincada uma cruz de madeira como tentativa de demarcação de um patrimônio para a futura capela de São Sebastião. Com esta, surgiram outras doações objetivando ampliar o patrimônio da capela, doações que foram anexadas à primeira feitas por José Alves da Silva (quatro alqueires), Miguel Bezerra dos Reis (dois alqueires), Antônio Bezerra Cavalcanti (doze alqueires), Alexandre Antunes Maciel (dois alqueires), Mateus José dos Reis (dois alqueires), Luís Gonçalves Barbosa (um alqueire) e Mariano Pedroso de Almeida e outros.
Um importante fator que contribuiu para o desenvolvimento do município foi a chegada da linha férrea da
Mogiana em 1883, que possibilitou a expansão da cultura cafeeira que existia desde a década de 1870. A expansão do café levou a um crescimento da população que passou dos 5552 pessoas (sendo 857 escravos) em 1874, para 10.420 (1379 escravos) em 1886[1].
Depois da assinatura da
lei Áurea que extinguiu a escravidão no Brasil, o governo da província de São Paulo passou a estimular a vinda de imigrantes europeus, provocando em Ribeirão Preto um grande aumento populacional, passando para 59.195 habitantes em 1900, um crescimento muito maior do que o registrado nos outros municípios da região durante esse período. Calcula-se que 33.199 dos 52.929 habitantes de 1902 era de origem estrangeira, sendo 83,7% italianos, 7,9% portugueses, 5,1% espanhóis e 1,7% austríacos[2]. Esse contingente populacional foi importante para a urbanização e desenvolvimento da cidade, pois muitos imigrantes já eram acostumados com a vida urbana e possuiam uma mentalidade empreendedora criando novos estabelecimentos comerciais e industriais na cidade, transformando Ribeirão Preto que era até então uma simples vila agrícola.

Antigas denominações
Barra do Retiro
Capela de São Sebastião do Ribeirão Preto
Vila de São Sebastião do Ribeirão Preto
Vila de Entre Rios (mas a população não gostou do nome)
Vila de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto


Ribeirão Preto é um dos mais importantes centros urbanos do interior do Estado de São Paulo, exercendo atividades importantes como o cultivo e a industrialização da cana-de-açúcar. Possui um campus da Universidade de São Paulo
(USP), com excelente centro de pesquisas científicas e de atendimento médico e que corresponde a 5% de toda a produção científica nacional.
situa-se a 21º 12’ 42" de latitude sul e 47º 48’ 24" de longitude oeste. Distante 313 quilômetros a noroeste da capital estadual e setecentos quilômetros de Brasília. Seu território de 652 km² abriga uma população estimada em 567 917 habitantes (2007), que faz de Ribeirão Preto o nono município mais populoso do Estado e o quarto mais populoso do interior, ficando atrás apenas de Campinas, São José dos Campos e Sorocaba.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

A Universidade

Bem estruturada e bem localizada em Viseu a Universidade Católica é uma referência em educação de nível superior.
Fiquei surpresa com a organização desta entidade, quando cheguei nos serviços escolares já estavam a minha espera e todos sabiam como orientar-me, "está a brasileira"," cá está a Dra que veio do Brasil" e cada um a dizer do seu modo em pouco mais de 5 min. resolveram as pendências dos meus papeis, bom fosse assim também no Brasil!
Fui então conhecer a Dra Rosa Martins, coordenadora das pós-graduações e que teve papel fundamental em todo o meu processo,deparei-me com uma Sra. de pequena estatura,pele alva, cabelos escuros e muito falante, apesar de estar sem voz neste dia,saudou-me, mostrou-me as dependências da Universidade, deu-me o calendário das aulas, orientou-me como proceder para repor as aulas perdidas e despediu-se,mas não sem antes receber meu abraço,um mimo que trouxe especialmente para ela do Brasil e a expressão de toda minha gratidão pela sua preciosa ajuda.Desde então estou a estudar como maluca!

Recordações

A Viagem
Enquanto estava correndo atrás das coisas não tinha parado para pensar na distância e na saudade que vou realmente sentir de vocês,mas ontem quando a relógio começou a me mostrar que chegava a hora de dizer “tchau” mesmo,olhei cada um de vocês e meu coração acelerou,senti que ou vinha de uma vez ou ia desistir, ainda pude ver vocês no vidro, quando estava dentro do ônibus indo para o avião,pensei em abanar a mão,mas não tive coragem de dizer tchau de novo,fiquei só olhando vocês ... .Entrei no avião e olhei pra trás,senti um aperto no peito e fechei os meus olhos,tentei pensa em outras coisas; como se os comissários de bordo eram bonitos e se o assento era confortável, se tinha travesseiro, se alguém se sentaria ao meu lado,mas nada adiantou,fiquei mesmo pensando no vazio que se fazia dentro de mim...jantei e depois dormi a viagem toda,aquele sono estranho que se acorda a cada hora,mas o suficiente para descansar,quando resolvi ficar acordada já estávamos chegando e nova situação tomou-me: o novo, a incerta,mas já a muito esperada Vida em Portugal.
Confesso hoje,já mais adaptada que como se diz aqui: “fazemos filme” com quase tudo nesta vida,não é fácil suportar a distância, abrir a porta de casa e não encontrar ninguém ,mas também não se morre disso,graças a Deus faço amigos com grande facilidade e nunca fico totalmente sozinha,tirando isso, tudo é surpreendente;os lugares(aqui se diz sítios),as pessoas( aqui se fala pissoas) e as lindas paisagens .
Porto é como Campinas ou São Paulo; uma cidade grande dividida em vários bairros que por vezes são longe uns dos outros,já Viseu é linda lembra as cidades do Sul ,minha mãe ia adorar aqui,só o frio é que não é tão legal e olha que aqui faz frio!
Enfim, tenho aqui boas condições para superar as faltas e aproveitar ao máximo este tempo.
Uma vez comprei uma agenda que dizia: “os barcos estão mais seguros se ficarem no porto,mas não foram feitos para isso.”
E essa é uma grande verdade,então bonança ou tempestade que se o lance ao mar...